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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O FIM DO MUNDO





                                        O FIM DO MUNDO: UMA IMINENTE REALIDADE?
                                                         




RESUMO
 
 
 
                                                                                   Pedro Samuel de Moura Torres

Este artigo traz uma análise da situação presente do mundo, focalizando em questões ambientais, tais como o aquecimento global, efeito estufa, camada de ozônio, elevação do mar etc. Intenciona expor e argumentar sobre possibilidades de destruição e iminente extinção a toda raça humana. O trabalho avalia os desafios que a modernidade vem enfrentando e considera a posição da potência atual, Os Estados Unidos da America, como precursora dos desastres naturais. Apresenta também reflexões e argumentações sobre fatos da natureza, direcionando ao fenômeno do efeito estufa ao levantar perguntas e questões sobre o mundo de hoje. Defende as argumentações e mostra resultados de pesquisa do autor GORE, Albert Arnold, Jr. expondo os opositores e suas opiniões contrarias. Cita opiniões de terceiros (Chris Bueno), como resultado de pesquisas sobre o assunto. Faz uma pequena relação entre os textos de Coracini e os de Suzana Machado com os argumentos apresentados no artigo sobre o processo de atribuição da verdade nas comunidades científicas.

Palavras-chave: O fim do mundo, aquecimento global, desastres naturais, interesses políticos, conscientização.
 
 
 
 

ABSTRACT
 


 
This article brings an analysis of the current world’s situation, focusing in environmental issues, such as: the global warming, greenhouse, ozone hole, rising sea legal etc. It intends to expose and argue about the possibility of destruction and an imminent extinction to the whole human race. The paper examines the challenges modernity has been facing and considers the position of the current world power, The United States of America as the main factor of natural disasters. It also presents reflections about natural facts, leading it to the greenhouse effect. It defends the argumentations, shows the author GORE, Albert Arnold, Jr.`s research results, exposing the opponents and its contrary opinions.   

 

Keywords: The end of the world, global warming, natural disasters, political interests, alertness.

 

A verdade da ciência passa por um processo rebuscado e apurado para ter credibilidade, desse modo, como foi ressaltada nos textos de Coracini, 1991 e Mueller, 2000, essa verdade será avaliada e elaborada por específicos grupos e comunidades. Através desses textos percebe-se que a comunidade científica se organiza a fim de estabelecer critérios e verdades a serem publicadas, dentro de certas regras, mas que não são poupadas de julgamentos e críticas externas. A divulgação de verdades é dominada por autoridades da área, entretanto há opiniões divergentes entre eles e até opiniões do senso comum que questionam e argumentam as possibilidades de interesses subjacentes das autoridades, para defender seu ponto de vista, se contra ou a favor. A comunidade científica, na tentativa de usar o bom senso, produz suas verdades baseadas em suas experiências e divulga-as para repercutir em polêmicas e discussões na sociedade, podendo ter interesses políticos, econômicos, de conscientização ou apenas sensacionalistas.
 
Na busca de uma verdade se levantam argumentações diversas e controvérsias em um mundo sem uma verdade clara e definitiva. Tais considerações ressaltam a teoria de Kuhn, a qual acredita que a ciência é essencialmente argumentativa, cujas idéias e argumentos bem elaborados são o que definirão o que é verdade. Uma argumentação bem feita tem poderes persuasivos pode ser aplicada na comunidade cientifica e, por conseguinte, publicada na mídia. A ciência se dispõe do poder da eloqüência e do convencimento, portanto se faz necessário que um pesquisador possua dados fora ou dentro da esfera cientifica para que seja capaz de tirar suas próprias conclusões a respeito do que é verdade ou não.

Tal como a teoria de Kuhn, a qual defende que é o poder da eloqüência o que predomina em uma afirmação e adesão de verdades, nesse artigo, questiona-se e argumenta-se a veracidade de uma verdade científica que engloba a ética, política, social etc. que é a questão de uma possível devastação mundial. Apropria-se de algumas informações genéricas sobre o aquecimento global. O artigo a seguir faz uma tentativa de argumentar possíveis verdades futuras através de leituras e observações dos acontecimentos do mundo contemporâneo, baseados em conclusões do ex-presidente americano GORE, Albert Arnold, Jr. Também mostra algumas opiniões que contradizem e desmentem a mesma. No entanto, a opinião defendida neste artigo é que a constatação de mudanças climáticas causadas pelo homem é evidente e manifesto, portanto a verdade de Al Gore tem grande relevância, com sua campanha de preservação ambiental. Cabe ao leitor compreender e verificar através de sua leitura desse artigo, do seu repertório de conhecimento sobre tal assunto e das suas próprias conclusões e inferências sobre o que pode ser verdade ou não.


O fim do mundo parece estar cada vez mais próximo, com tantas previsões, para ser mais especifico, a antiga civilização maia calculou que é possível que o fim se suceda em 21 de dezembro de 2012. O mundo vem sofrendo grandes transformações em todos os aspectos e está vivendo revoluções em todos os âmbitos. A poluição cada vez maior, a alteração no eixo da terra, possíveis choques de planetas, as incontáveis doenças infecciosas e letais de todos os contextos, guerras entre países, armas de fogos mortais, terrorismos declarados, incontáveis desastres naturais, buraco na camada de ozônio com raios solares cada vez mais letais provocando doenças degenerativas, a falta de essência nas vidas das pessoas e muitos outros fatores constituem o novo panorama mundial. Não obstante há quem acredite que esse horripilante cenário seja impossível e que o aquecimento global seja um exagero sem sentido.

 
Mas há casos de pessoas que se sensibilizam ao enxergarem a incongruência do mundo contemporâneo, que chegam a tomar atitudes drásticas e desesperadas. Como relatou o astrobiólogo da NASA, Morrison: (apud. 2012 – A Profecia Maia. MORRISON, David. 2010). “Houve dois adolescentes que estavam pensando em se matar, porque não queriam estar por aqui quando o mundo acabasse”. "Duas mulheres nas últimas duas semanas disseram que estavam pensando em matar seus filhos e elas mesmas para não terem que sofrer com o fim do mundo." Segundo o filme “Uma verdade inconveniente” de GORE, Albert Arnold, Jr., Os Estados Unidos, que é um país de grande responsabilidade econômica, política e social, juntamente com a Austrália e o Canadá, foram os únicos da face da terra que não se comprometeram em participar do protocolo de Kyoto, visando continuar a sua maciça obstinação pelo materialismo e, conseqüentemente, sua própria ruína.

 
É possível um mundo onde um estado sem litoral como o estado americano chamado de Idaho é agora uma propriedade de primeira, à beira-mar e quase todas as grandes cidades do mundo estão cobertas por água, um lugar onde se encontra dez graus a mais da temperatura média, e em vez de Califórnia, do Canadá e da Sibéria agora temos doenças tropicais em todo o mundo e problemas na climatologia e agricultura? Isso não é um filme de ficção cientifica. É o pior cenário previsto, se continuarmos poluindo o ambiente com gases do efeito estufa. O aquecimento global é um prenúncio grave que ameaça a existência da nossa civilização.

Por outro lado, conforme expôs Andrew Marshall, 2007 “Aquecimento Global: Uma mentira conveniente”; em uma reunião de cientistas falando contra o filme de Al Gore, um Professor Australiano do Laboratório de Geofísica da Marinha Chamado Bob Carter, afirmou publicamente que: "Os argumentos circunstanciais de Al Gore são tão fracos que chegam mesmo a ser patéticos. É simplesmente inacreditável que tenham, juntamente com todo o filme, atraído atenção do público" (CARTER, Bob. Apud.  MARSHALL, Andrew. 2007).

Como explanou Andrew Marshall, o Presidente da República Checa, Vaclav Klaus, ao falar sobre o relatório do IPCC aprovado em 2007, considerou que:

O aquecimento global é um falso mito como dizem já muitos cientistas e pessoas sérias. Não é correto consultar o IPCC. O IPCC não é uma instituição científica: é uma organização política, uma espécie de organização não-governamental de cor verde. Não é um fórum de cientistas neutros nem um grupo equilibrado de cientistas. São cientistas politizados que atingem lugares cimeiros com uma opinião preconceituosa e um objetivo pré-definido. (KLAUS, Vaclav. Apud. MARSHALL, Andrew. 2007).
 

E quando se questionou o motivo por que nenhum outro político se manifestou para dizer o que ele afirma, Klaus responde que: "outros políticos de alto nível não exprimem as suas dúvidas sobre o aquecimento global por que a disciplina politicamente correta estrangula-lhes a voz". (KLAUS, Vaclav. Apud. MARSHALL, Andrew. 2007).

Essas argumentações dizem que a culpa de toda essa polêmica do aquecimento global seja devido a tendenciosos motivos administrativos, à diagnósticos científicos precipitados e a uma mídia mal informada. Tais razões defendem que tudo isso é exagero e que estão fazendo uma tempestade num copo de água para beneficiar a posição política. Declara-se também que as informações que o ex-vice-presidente Alberto Arnold Gore usou seriam para fundamentar as suas decisões, mostrando um crescimento na temperatura global. Infelizmente, essas opiniões não estão conscientes de que o aquecimento global é uma ameaça séria e iminente.

A possibilidade de haver interesses políticos em meio a toda essa questão é provável, mas não deixa de ter um fundo de verdade, afinal, por que a Antártida é um local sem objetos criados pelos homens, experimentando os anos mais quentes de toda a história? Não há como negar esse fato. Conforme o filme “Uma verdade inconveniente”, registros do clima da Antártida evidenciam que, no último meio século, as temperaturas subiram cerca de três graus Celsius e conseqüentemente as plataformas de gelo estão desaparecendo em um ritmo alarmante. Ninguém pode contestar o aumento do nível do mar, o que é um efeito do derretimento do gelo.

Outro caso que muita gente questiona é que a mídia explorou a problemática do aquecimento global para criar polêmica e controvérsias para venderem mais jornais e atraírem mais espectadores. Nesse caso, a questão é de cunho capitalista, pois, através de divulgações sensacionalistas, objetiva-se lucrar, falseando verdades. Porém não é possível negar a revolta e a devastação da natureza como uma resposta ao comportamento do homem na terra.   

O fato que a quantidade de dióxido de carbono tem aumentado drasticamente na atmosfera é um fenômeno que nem se contesta. Como se narra no filme “Uma verdade inconveniente”, antes da revolução industrial, a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera foi de 270 partes por milhão. Hoje, é quase 360 partes por milhão devido às nossas emissões de queima de combustíveis fósseis. Isto significa que ao longo da história geológica da terra, nunca houve um caso em que o nível de gás carbônico aumentasse tanto e o clima se alterasse.

De acordo com Paula Rothman de INFO online, 2010, vivemos a década mais quente da historia. As evidencias cientificas através de amostras, provam esse aumento. Infelizmente, hoje, o aumento do gás carbônico não foi de modo natural como no passado, mas foi desencadeado e imposto por nós. As possíveis conseqüências desse desequilíbrio podem ser devastadoras.

O aquecimento global e a irradiação solar ocorrem porque estamos emitindo gases na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis. Esses gases com dióxido de carbono são os principais culpados, os quais impedem a saída do calor solar na atmosfera terrestre, resultando em um drástico aumento da temperatura, ou o efeito estufa. Os cientistas do mundo inteiro já estão detectando os perigosos e numerosos efeitos do aquecimento global.

Como narra no filme “Uma verdade inconveniente”, esses efeitos incluem a elevação do mar, ondas de calor mortal, surtos de moléstias tropicais, os padrões climáticos alterados, aumento do número de inundações, furacões e dano nas colheitas agrícolas. A conseqüência mais evidente do aquecimento global é a elevação do nível do mar, o que pode transformar radicalmente o nosso planeta. O gelo do mar polar e os alpinos glaciais têm se recuado continuamente nas duas ultimas décadas.

Conforme o filme “uma verdade inconveniente”, se as imensas calotas polares expelirem seu enorme volume de água doce no mar, a brusca elevação do nível do oceano cobrirá as terras baixas e costeiras ao redor do globo. Cinqüenta por cento das maiores cidades do mundo estão localizadas no litoral, assim como muitos tesouros naturais tais como: os Everglades, na Flórida e as ilhas havaianas. Todas essas áreas costeiras seriam submersas. O mar já subiu quatro centímetros desde a virada do século e se espera que se eleve muito mais. A terra pode se tornar um mundo de água. As implicações no clima mundial, com o aumento da temperatura, podem arrasar a terra.

O autor Chris Bueno aponta em “Ecologia: Conseqüências do aquecimento global”, 2005, que o aquecimento global causará muito mais precipitação em certas partes do mundo, levando a muitas enchentes. Enquanto que outras partes do mundo verão uma redução nos níveis de chuva e desertos irão inexoravelmente superar os milhares de quilômetros quadrados de terras habitáveis.

Conforme se relata no filme “uma verdade inconveniente”, áreas do hemisfério norte, como Europa, Rússia, Canadá e norte dos Estados Unidos poderão ter invernos menos rigorosos. Isso, à primeira vista, pode parecer ser uma coisa boa. No entanto, o clima, em mudança, pode permitir que as doenças tropicais se mudem para latitudes mais altas e afetem pessoas e animais que não têm imunidade para os novos vírus.

Como se essas mudanças no nível do mar e no clima não fossem o bastante, as alterações na agricultura em todo o mundo podem ser a maior ameaça de todas. Muitos países e principalmente, os em desenvolvimento, dependem da agricultura para a sua economia de exportação, bem como toda a fonte primária de alimento para os seus cidadãos.

Países inteiros poderiam perder sua base de agricultura por causa dos padrões climáticos alterados. Na nossa atual taxa de poluição, todos esses desastres são iminentes em menos de cinqüenta anos. O fim do mundo pode realmente nos alcançar? Com evidências tão fortes e ameaçadoras, a humanidade se encontra em mais um dilema. É possível a reversão da situação mundial? O fenômeno do aquecimento global é um assunto extremamente sério. Não é apenas um exagero como afirmam. A evidência cientifica do aumento de gases e efeito estufa, do derretimento das calotas polares e elevação do nível do mar são fatos inegáveis. Se não se fizer algo para impedir esse aumento, nossa civilização inteira está em risco.

Pode-se deter o aquecimento global ao estimular as indústrias a mudarem para combustíveis mais eficientes como o gás natural. Podemos reduzir nossa dependência pelos combustíveis fósseis, ao dirigirmos com combustíveis naturais, instalando célula fotoelétrica em telhados, contando mais com a energia eólica, solar, hidrelétrica, e energia nuclear para a nossa eletricidade. Os governos mundiais, em especial a America do Norte, precisam olhar para os passados inconvenientes na economia de redução ao uso de combustíveis fósseis e perceber o enorme potencial econômico das novas tecnologias ambientais a fim de se evitar ou diminuir a emissão de gases tóxicos no ambiente.

 É necessário que se abrande a exploração da natureza, ao procurar recursos menos danificáveis. Se o homem não conseguir mudar o seu comportamento e reverter a atual situação mundial, o aquecimento global poderá se agravar drasticamente e o fim da nossa civilização estará bem diante de nós, pois é um fato real e temos de parar agora antes que seja tarde demais.

                                                                                                         Pedro Samuel de Moura Torres

 

 
REFERÊNCIAS


 

GORE Jr, Albert Arnold. Uma verdade inconveniente: o que devemos saber (e fazer) sobre o aquecimento global. [tradução Isa Mara Lando] – Barueri, São Paulo. Editora Manole, 2006. 328 pg.
 

INCONVENIENTE, uma verdade. Direção: GUGGENHEIM, Davis. Roteiro: Al Gores. Produção: EUA: Documentário, 2006 (100 min.). Color. Som.

 

MARSHALL, Andrew. Aquecimento global: Uma mentira conveniente. São paulo, 2007. Disponível em: <> Acesso em: 13 nov. 2010.

 

PAIVA, Elaine. Mitos e fatos sobre o aquecimento global. 2007. Disponível em: <>  Acesso em 13 nov. 2010

 

BUENO, Chris. Ecologia: Conseqüências do aquecimento global. 2005. Disponível em: <<360graus .terra.com.br=".terra.com.br" default.asp="default.asp" did="13511&action=geral" ecologia="ecologia">>

Acesso em 14 nov. 2010

 

ROTHMAN, Paula. Vivemos a década mais quente da história. 2010. Disponível em: <> Acesso em 14 nov. 2010

 

KARINA, Michele. Mudança Climática: Uma Verdade Inconveniente. 2007. Disponível em: <> Acesso em: 14 nov. 2010

 

MORRISON, David. 2012 – A Profecia Maia. 2010. Disponível em: <<2012aprofeciamaia .com.br=".com.br" fim-do-mundo="fim-do-mundo" tudo-sobre="tudo-sobre">> Acesso em: 14 nov. 2010



 

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